quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Estrada de Terra


Tarde era vazia, quente
Promessa de um refugio
Em boatos sibilados
Curiosos, amantes aventureiros

A procura se seguia frustrada
Estrada árdua
Árdua sim
Pois a muito ardíamos em febre erótica

Foi quando então, uma troca de olhares
E o caminho se fez destino, cama
Incentivados pelo inusitado
Abençoados pelo amor

O sol derretia a lucidez
Loucos ou se aproveitando da desculpa
Agora estávamos nus
Corríamos com terra a nossos pés

Cada chegada, árvores, casas abandonadas,
Cercas, aquelas plantações de milho, ...
Degustávamo-nos
Toques, cheiros, línguas, sexos
Gemíamos

De quando em vez
Em um ou outro som
Você escutava teus medos
Eu te acalmava
Você confiava e pedia mais

Tal qual Adão e Eva
Tarde no paraíso
Entregues ao pecado original
Oásis criativo

i.

7 comentários:

Carolina Diniz disse...

Muito bom...
Parabéns!
Beijão e Sucesso!

Volúpia disse...

E eu confiava sim em vc!
Confiava muuuito.

Lendo sua poesia, tb relembrei momento. Vc escreve de forma que me faz sentir palavra e verso.

E, desta vez, você pareceu tal qual eu escrevo..utilizando-se do recurso descritivo...rsrsrs

Beijão, meu puto!

Xupadinhas, xupadinhas..

Nany disse...

"Toques, cheiros, línguas, sexos".

Ai, ai... É tudo de bom.

Dá até água na boca.

Delícia!!!!

Bjins!

Anônimo disse...

Pecado original... Adoro!!!


bjinhos

Anônimo disse...

Hum...delicia de texto...
Beijos em vcs
Neguinha

unno disse...

vou passando sempre que posso... e fico sempre surpreendido... muito bom!

abraço

Escrevendo na Pele disse...

Ai, que delícia! Isso que eu chamo de desejos confessos. Adorei o jogo de palavras e as figuras de linguagem. Uma gostosura, mil beijos.