quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Desbravadora


Desbravadora impiedosa dos meus pecados
Assim tão próxima como a brincar com fogo
Cheia de Presença
Arreganhando as portas dessa jaula de pudores

Instinto selvagem e intenso de posse
Sangue ardente em veias revoltas
Escravo desse clamor rígido e viril, que se molda em mim
Meu corpo reclama o teu

Minha mão firme
Vagueia voraz nesse corpo ondas, mar em fúria
Arrancando-lhe suspiros e espasmos
A debater-se sobre a cama,
Deságua

Minha língua indecente
Agora foco dos ensejos
Banha-te como também a ela,
Pelos meandros da Tua, em brasa escaldada
Na busca insana de sorver teu mel exalado

Aberta e entregue, tão minha
Clama o Seu de direito, em chamas me chama
Profuso, mergulho impávido
Saciando tua gula

E nesse enrolar de corpos
Roçar de membros latejantes
Comunhão de sentidos, da integração de fluídos
Gozo intenso e profundo.

i.

4 comentários:

Volúpia disse...

Muito bom este poema e bem carregado de eroticidade. Você buscou usar de palavras diferentes.. um vocabulário novo, mas alguns versos ficaram parecidos com o de versos anteriores, sabe?

Tais como "Invadi-me os sentidos" e a gente lê rapidamente e é quase como se já o tivesse lido. Veja "Dilacerando meus sentidos" no poema anterior. Percebe?

É isso.
Mas ta bem erótico.

Dá vontades de te pegar e aí sim.. perder totalmente a noção.

Gostoso!

Xupadinhas..rs

Anônimo disse...

Jaulas de pudores devem ser implodidas!

Abraços,

Enfil

unno disse...

cá estou eu a acompanhar tão bonitos textos / poemas...
vou continuar!

Escrevendo na Pele disse...

Cadência gostosa e vadia.