Delicada Fortaleza Do corpo à alma, porcelana ao aço Conurbação de contrastes Racionalidade cunhada a sensibilidade
Suave aveludado de toque Mas quando em rédeas, firme É lar, é vida É força de trabalho
Poesia personificada Beleza em essência plena Por artistas, apenas descritas Meus olhos a cantar-te em seda
São mães, irmãs Amigas, amantes São divinas, são pecado Essenciais
i.
-> "Só espero um dia me tornar o grande homem, por traz dessa grande mulher que você é minha Volupia."
-> Sei que O dia das mulheres passou, mas afinal de contas, pra nós homens apaixonados, que temos a sorte de fazer parte do mesmo mundo que esses seres tão perfeitos que são vocês, todo dia é dia das mulheres.
A água que em mim derramou Foi batismo pro meu ego Purificando-me em firmezas Sexualidade renascida
Prece sibilada de palavras proibidas Orei-te tuas sensibilidades Minha linguagem em teu corpo Extirpar de perturbações Teus íntimos ungidos em saliva e óleos
Cálice transbordado Vinho branco, doce Da tua fruta, extraído Em meus lábios, fermentado
Fez do corpo oferenda, pão Massa manejada Vascolejada, revolvida Turvada, intumescida Em opulência entornada
Tomei-te e comi Tomei-te e bebi Intenso pecaminoso Teu gozo divino
Arrancou-me os mais fortes e altos gemidos Tirou-me da censura e pudor Prendeu-me nos teus largos braços Enquanto abaixo de ti O calor, o tesão e a fata de razão Perdiam-se rapidamente
Fez de mim, sua escrava Desvendou cada parte do meu corpo Tomou-me o mel Que jazia dentre minhas ancas
Jorrou de ti, o esperado Sentimos e lambuzamos A força bruta que conduzia nossos movimentos
Parecíamos dançar Em ritmo acelerado e frenético Através de posições indecifráveis
Éramos Zeus e Afrodite Deliciando-se no Monte Olimpo
Mentes agora sãs, adultas de fato corpos nus entrelaçados, a doçura ingênua e a completa falta de noção, agora mulher, homem, sonhos.
O tempo, até então mórbido, letárgico, minha trincheira, agora me inflama de vida, ânsia que me puxa, leva, força e razão desse novo olhar para o mundo.
O embrião do futuro, agora chuta, sufoca minhas entranhas, gestação imaginária? não... não! agora o meu peito grita. Casa, igreja, mais um, mais dois, a letra, o traço, o preto, o branco, você e eu, ainda muitos capítulos por vim.